Rio de Janeiro vai utilizar drones para reflorestamento de áreas

A cidade do Rio de Janeiro receberá apoio de drones e inteligência artificial para suas iniciativas de reflorestamento. Esses equipamentos têm a capacidade de espalhar sementes em uma área de 50 hectares diariamente, equivalente a cerca de 50 campos de futebol. Essa tecnologia será empregada especialmente em regiões de difícil acesso e encostas na cidade, com o início das operações previsto para a próxima semana, conforme anunciado pela prefeitura.

Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil

O prefeito Eduardo Paes e a secretária de Meio Ambiente e Clima, Taína de Paula, acompanharam uma demonstração do uso desses drones no Mirante do Pedrão, em Botafogo, dentro do Parque Maciço da Preguiça, na zona sul do Rio, no último dia 5 de janeiro. De acordo com Taína, além de outros benefícios, o reflorestamento na cidade contribuirá para amenizar os impactos das ondas de calor, que foram particularmente graves nas últimas semanas.

A implementação piloto desse novo método de reflorestamento terá lugar na Floresta da Posse, em Campo Grande, zona oeste da cidade. A expectativa é que os resultados sejam percebidos em um período de dois a cinco anos, tempo necessário para o crescimento das plantas. A prefeitura investirá R$ 27 mil em uma parceria com a startup franco-brasileira Morfo, responsável pela locação dos drones. Somente sementes da Mata Atlântica, vegetação nativa da região, serão utilizadas no processo.

A Morfo oferecerá suporte às equipes de campo do programa Refloresta Rio, conduzido pela prefeitura do Rio. Segundo informações da administração municipal, uma equipe composta por apenas duas pessoas e um drone consegue replantar um campo 100 vezes mais rápido do que os métodos tradicionais, além de proporcionar uma diversidade de pelo menos 20 espécies nativas a um custo até cinco vezes menor. As ações dos drones incluirão o mapeamento e digitalização do território do Rio, estudo da área a ser reflorestada e acompanhamento das áreas já plantadas para assegurar a efetividade do reflorestamento.

A inteligência artificial será empregada na formulação de um plano de plantio, calculando quais sementes serão plantadas em quais áreas, com quais espécies, em que proporção e a quantidade necessária para cada espaço, estabelecendo padrões de plantio.

Camila Rocha, gerente do Programa Mutirão Reflorestamento, enfatiza que os drones serão uma valiosa ajuda para os trabalhadores.

“O drone consegue acessar áreas mais distantes e também irá auxiliar com a parte de monitoramento dessas áreas”, destaca.

O programa Refloresta Rio, lançado na década de 1980, conta com a participação de moradores locais para auxiliar nas ações de reflorestamento. O início do trabalho é descrito como desafiador, envolvendo atividades manuais, como capina com enxada, transporte manual de mudas e manutenção constante para garantir o sucesso do reflorestamento.

Foto: Morfo / Divulgação

A importância vital das áreas verdes nas cidades

Em meio à paisagem urbana crescente, a presença de áreas verdes desempenha um papel crucial na sustentabilidade e qualidade de vida nas cidades. Esses espaços, que incluem parques, praças, jardins e arborização urbana, não são meramente elementos estéticos, mas contribuem significativamente para a saúde ambiental, equilíbrio do ecossistema e bem-estar geral da população. Este texto explora a importância vital das áreas verdes em meio urbano, destacando seus diversos benefícios.

Uma das contribuições mais evidentes das áreas verdes nas cidades é a promoção da biodiversidade. Ao fornecer um habitat para plantas, aves, insetos e outros organismos, essas áreas se tornam importantes refúgios urbanos, sustentando ecossistemas complexos. A variedade de flora e fauna presente em áreas verdes ajuda a equilibrar o ciclo natural da vida, criando um ambiente propício para a polinização, dispersão de sementes e regulação de pragas, elementos cruciais para a manutenção da saúde dos ecossistemas urbanos.

Além disso, as áreas verdes atuam como pulmões urbanos, desempenhando um papel fundamental na melhoria da qualidade do ar. A vegetação, através da fotossíntese, absorve dióxido de carbono e libera oxigênio, contribuindo para a redução da poluição atmosférica e proporcionando um ar mais limpo para os habitantes urbanos. Esse efeito de purificação do ar é vital, especialmente em áreas densamente povoadas, onde a poluição do ar é uma preocupação crescente para a saúde pública.

O controle de temperatura é outro benefício crucial proporcionado por áreas verdes. Em ambientes urbanos, a predominância de superfícies impermeáveis, como concreto e asfalto, contribui para o fenômeno conhecido como “ilhas de calor”. Essas áreas urbanas mais quentes podem ter temperaturas significativamente mais altas do que suas contrapartes rurais. As áreas verdes, por outro lado, desempenham um papel vital na regulação térmica, proporcionando sombra e reduzindo a temperatura ambiente. Esse controle térmico não apenas melhora o conforto dos habitantes urbanos, mas também reduz a demanda por energia para refrigeração, contribuindo para a eficiência energética das cidades.

O bem-estar humano é um aspecto crucial associado às áreas verdes urbanas. Estudos têm consistentemente demonstrado os benefícios positivos para a saúde mental e física proporcionados por ambientes naturais. A presença de espaços verdes em meio às cidades oferece locais para atividades físicas, recreação e relaxamento, combatendo o estresse e promovendo um estilo de vida saudável. Além disso, a conexão com a natureza em ambientes urbanos é essencial para reduzir os efeitos adversos do estilo de vida citadino, como o sedentarismo e os problemas de saúde associados.

A mitigação dos impactos das mudanças climáticas também está intrinsecamente ligada às áreas verdes nas cidades. A vegetação atua como sumidouro de carbono, ajudando a compensar as emissões de gases de efeito estufa geradas pela atividade humana. Ao se investir em um paisagismo urbano sustentável e na expansão de áreas verdes, as cidades não apenas combatem as mudanças climáticas, mas também fortalecem sua resiliência diante de eventos climáticos extremos.

Em síntese, as áreas verdes desempenham um papel multifacetado e essencial no contexto urbano. Além de sua contribuição para a biodiversidade e regulação ambiental, esses espaços melhoram diretamente a qualidade de vida dos habitantes urbanos. Portanto, o planejamento urbano sustentável deve reconhecer e priorizar a expansão e preservação dessas áreas, garantindo um futuro mais verde, saudável e equilibrado para as cidades em crescimento.

Com informações da Agência Brasil.