Capitais de 24 estados e do Distrito Federal vêm recebendo a implantação de centrais de logística reversa de eletroeletrônicos, por meio de uma parceria entre a Associação Brasileira de Reciclagem de Eletrônicos e Eletrodomésticos (Abree), poder público e agentes de diferentes regiões do Brasil. A implementação do processo de logística reversa visa garantir a destinação final correta a produtos de pós-consumo descartados.
Em 2021, as primeiras capitais a receber as centrais foram Campo Grande, em junho, Florianópolis, em julho, Vitória, em agosto, Manaus, Maceió e Brasília em setembro, Curitiba e Rio de Janeiro em outubro, Goiânia em novembro, Porto Alegre e Porto Velho em dezembro. Em 2022, foi a vez de Aracaju, Boa Vista e Macapá em abril, Belém, Palmas, João pessoal, São Luís, Rio Branco e Teresina em maio, Belo Horizonte, São Paulo, Salvador e Natal em junho.
De acordo com a Abree, a maioria das centrais de logística reversa tem capacidade para armazenar cerca de cinco a oito toneladas de resíduos eletroeletrônicos. Depois de receber os materiais descartados, as centrais disponibilizam para os parceiros da Abree, que retiram os produtos e encaminham para a fábrica de manufatura reversa. Essa, por sua vez, realiza a desmontagem dos equipamentos para sua destinação 100% ambientalmente correta.
O presidente de Abree, Sérgio de Carvalho Maurício, explica que esta evolução só tem a melhorar a relação do homem com a natureza.
– As inaugurações das centrais nas capitais representam um marco importante para logística reversa no Brasil, já que o objetivo é garantir que funcionem como ponto de recebimento de resíduos eletrônicos que são depositados em coletores espalhados pelo Brasil afora. Além disso, as centrais ainda trazem algumas vantagens: criam empregos, preservam os recursos naturais, evitam a poluição, contribuem para a redução do consumo de energia elétrica e água, e para a diminuição das emissões dos gases de efeito estufa – diz.
Atualmente, a Abree e seus parceiros de ecossistema contabilizam quase 3,7 mil pontos de recebimento espalhados pelo Brasil, em mais de 1,2 mil municípios. De acordo com dados do Ministério do Meio Ambiente, em 2021, foram recebidas cerca de 1,2 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos e eletrodomésticos.
Como descartar o lixo corretamente
Vejamos o que fazer em cada tipo de resíduo:
Tipos básicos: reciclável ou orgânico
Essa divisão dos resíduos é algo básico: nunca deve-se descartar juntos materiais que podem ser utilizados em reciclagem e ingredientes orgânicos. É muito importante seguir à risca essa separação.
No grupo dos recicláveis, você deve descartar todos aqueles materiais que não se decompõem com facilidade. Exemplos: caixas de leite, garrafas pet, embalagens de papelão, papéis não sujos, sacos e sacolas plásticas, vidros (devidamente acondicionados), potes de alimentos (sem restos), metais, etc.
No outro grupo, apenas os orgânicos, como: sobras de comida (animais ou vegetais), cascas de frutas, cascas de ovos, ossos, papel higiênico ou papel toalha usados, absorventes, guardanapos, sacos de café ou chá, sementes, etc.
Outros tipos de lixo
Até aí, tudo bem. Esses materiais mais conhecidos são mais fáceis de serem separados em recicláveis e orgânicos, embora muitas pessoas ainda não o façam. Mas, e quanto a alguns tipos de elementos não tão comuns, o que devemos fazer? Vamos ver alguns casos.
Pilhas e baterias
Descartá-las de maneira inadequada é muito prejudicial ao meio ambiente e à saúde das pessoas. Atualmente, a tecnologia desses produtos evoluiu muito, mas mesmo assim, pilhas e baterias não devem ser simplesmente jogadas em qualquer canto.
Procure um posto de recolhimento desse tipo de material, que normalmente ficam sediados em supermercados, farmácias, shoppings, etc.
Óleo de cozinha
Jamais despeje o óleo de cozinha (de qualquer tipo) na pia ou no vaso sanitário, pois além de prejudicar a natureza, você poderá ter problemas sérios de entupimentos na sua rede de esgoto. O óleo descartado diretamente na natureza pega carona com a água das chuvas e prejudica a sua absorção de oxigênio, causando males a plantas e animais.
Mantenha sempre uma garrafa de plástico na cozinha para ir descartando o óleo usado. Quando ela encher, procure pontos de coleta desse material.
Eletrônicos e eletrodomésticos
Jamais jogue por aí aquela televisão que estragou ou a batedeira que pifou. Equipamentos eletrônicos possuem em sua composição elementos que podem ser altamente prejudiciais ao solo, ao ar e à água.
Para descartar esse tipo de material, contate com a empresa de recolhimento de lixo ou a prefeitura e confirme qual deve ser o procedimento, pois isso varia bastante dependendo da cidade.
Remédios
É comum que pessoas joguem remédios no lixo orgânico ou no seletivo. O caso é que medicamentos podem conter substâncias químicas altamente prejudiciais á natureza. Por isso, o indicado é levar sobras de remédios ou medicamentos vencidos a centros de coleta ou farmácias.
Lâmpadas
Não descarte lâmpadas como se fosse qualquer coisa. Dentro delas, normalmente há materiais químicos, além de serem feitas de vidro, que se quebra, pode machucar alguém.
Você pode descartar lâmpadas (assim como vidros) no lixo reciclável, mas procure acomodá-las em caixas ou embalagens identificadas, para que o coletor não se machuque. Outra opção é procurar pontos de coleta de lâmpadas velhas, em supermercados.